ABRHAGI, 19 ANOS CVM TVIS SANCTIS


 A FUNDAÇÃO DA ABRHAGI

 

José Luís Lira

Fundador e Presidente de Honra

 

A ideia de criar a Academia Brasileira de Hagiologia foi da Acadêmica Matusahila Pereira de Souza Santiago. Ao retornar de Canindé, Ceará, onde participei do encerramento do novenário de São Francisco, em outubro de 2004, eu, José Luís Lira, trouxe comigo um exemplar da revista sobre a peça “Francisco – O homem que se tornou Santo”, encenada naquela cidade. Na revista continham artigos sobre a peça e um era assinado por mim, falando sobre Francisco. Ao ver a revista Matusahila teve a ideia de fundar a Academia para estudar os santos. Constatei, por meio de informações e consultas a páginas na Internet, muito especialmente nas do Vaticano e da CNBB, que não existia a mencionada academia, apesar de existirem algumas cristãs. Feitas as constatações, Matusahila Santiago e eu, José Luís Lira, convidamos a Desembargadora Gizela Nunes da Costa, para juntos formularmos a Academia Brasileira de Hagiologia.

Depois de formatada, com estatuto, brasão, quadro de patronos e tudo o que a Academia necessitava, conversei com Sua Excelência Reverendíssima Dom José Bezerra Coutinho, Bispo Emérito de Estância e Vigário Geral da Arquidiocese de Fortaleza. Este deu seu total apoio e foi o único cargo definido antes da Assembleia Geral de Criação da Academia. Seria ele o nosso Presidente de Honra. Depois falei com os amigos Profa. Norma Soares e Prof. Teodoro Soares. A Profa. Norma sugeriu falarmos com a Irmã Elisabeth Silveira para ser a Academia sediada no Colégio da Imaculada Conceição. Irmã Elisabeth, nossa segunda Presidente de Honra, depois do falecimento de Dom Coutinho, se tornou outra grande entusiasta da Academia. Eis uma síntese do surgimento.

Formamos, então, uma sociedade científica e cultural dedicada ao estudo dos santos, candidatos à honra dos altares, movimentos messiânicos e cousas sagradas e santificadas, composta de 20 acadêmicos cearenses e 20 dos outros Estados da Federação, para garantir a abrangência nacional. Resumida na sigla ABRHAGI a instituição não tem caráter político-partidário, nem adota qualquer discriminação, notadamente, nos aspectos de religião, de sexo, de cor ou de raça e, ainda, não tem fins lucrativos, e nem distribui lucros e dividendos, exigências da legislação, acolhida por fundadores e primeiros membros.

Numa entrevista preliminar, a jornalista Fernanda Quinderé, ao ver o Brasão da Academia perguntou: “No meio é Nossa Senhora Aparecida?”. Dom Coutinho, Matusahila e eu, presentes à entrevista, entendemos tudo. Era mais um sinal. A Academia seria dela, da Imaculada Conceição Aparecida. E assim o é. Tudo isso ocorreu em 2004, quando o dogma da Imaculada Conceição iria fazer 150 anos e escolhemos a data da criação da Academia Brasileira de Hagiologia, 08 de dezembro de 2004. Era o ano do 150º aniversário da Arquidiocese de Fortaleza; do 140º aniversário de fundação do Seminário da Prainha, em Fortaleza e, ainda, 100º aniversário da coroação de Nossa Senhora Aparecida, patrona geral da Academia. Resolvemos realizar a Assembleia de criação no Seminário da Prainha, em Fortaleza.

A ABRHAGI é de Nossa Senhora da Conceição. Sua fundação se deu, portanto, no dia da Imaculada Conceição; sua sede é no Colégio da Imaculada Conceição. Em 1830 ela recomendou a Santa Catarina Labouré a confecção de uma medalha com a inscrição: “Oh Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”. Em 11/02/1858, a Santíssima Virgem disse a Santa Bernadette Soubirous, “Eu sou a Imaculada Conceição”. Então, se a fundação se deu no dia do anúncio do dogma, a instalação dar-se-ia no dia em que a Virgem se proclamou a Imaculada Conceição: 11/02/2005, data da posse social da Diretoria. O que ainda é observado.

As letras iniciais e terminais do alfabeto grego, Alfa e Ômega, dentro de um círculo perpassado por uma Cruz incolor, antes do entorno da coroa de louros, em nosso brasão que eu idealizei, nos lembram que a Academia tem aquele caráter de eternidade, de permanência. Acadêmicos passam, tempo passa, mas, ela permanece. “Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos”, confrades retornaram à Casa do Pai, entre os quais dois presidentes de honra, Dom Coutinho e sua sucessora, Irmã Elisabeth; a fundadora, Matusahila Santiago, e a terceira presidente, Norma Maia Soares, outros deixaram a ABRHAGI, vieram novas diretorias, novos acadêmicos, novos tempos, mas, a Academia resistiu, resiste e resistirá, porque não é nossa. Ela é de Deus, dedicada aos seus santos, com a proteção da Imaculada Conceição Aparecida!

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