A importância da mística: divinizando nos humanizamos.
A experiência total do Mistério pode ser resumida no seguinte: divinizando nos humanizamos.
Como dizia São Bernardo de Claraval (1090-1153) na sua obra De diligendo Deo: " é imperioso amar a Deus". O ponto de partida é a lógica divina , é a iniciativa e a transbordante graça de Deus.
Todo batizado é místico. Guilherme de Saint-Thierry (1085-1148) fala-nos de abrirmos nosso coração a obra do Espírito Santo e cooperarmos com Ele. "Este modo místico de alcançar a Deus não depende da vontade do que pensa, senão da graça do doador, quando o Espírito santo, que sopra onde quer, quando quer, como quer e os que quer, inspira neste sentido. Mas o homem pode constantemente preparar seu coração..." (Carta de Ouro, II,14).
A religião e a mística são realidades profundamente humanas, negá-las seria empobrecer o patrimônio da humanidade no que tem de básico e transcendente.
A mística é o coração das religiões porque é a experiência originalizante das mesmas e em toda crise e transição cultural implica um retorno a mística.
A mística nos introduz no Mistério de Deus e nas profundezas ocultas do espírito humano.
Os escritos dos místico e místicas proveem da experiência de Deus e de seu Mistério. Seus escritos comunicam uma experiência espiritual.
Os místicos ao escrever, não pretendem só informar sobre o mistério, mas sobretudo, introduzir-nos no mesmo. Os escritos dos místico despertam em nós nossa vocação divina e a atração pelo Mistério, motivando-nos a prática da caridade, a qual confirma a autenticidade do despertar e a atração.
Os autores bíblicos escreveram no Espírito e os atores místicos escrevem no espírito do Espírito´.
A dimensão mística da nossa vida tem grande importância de orientar e reorientar nossas vidas.
O único que dá sentido a nossa vida de cristãos é o encontro pessoal e experiencial com Jesus Cristo.
Prof. Dr. José Pereira da Silva
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