PRÊMIO TERRA DE SANTA CRUZ



PRÊMIO TERRA DE SANTA CRUZ



Como primeiro ponto da pauta de nosso congresso, sendo também mais um pequeno gesto de amor da ACADEMIA BRASILEIRA DE HAGIOLOGIA, passaremos a fazer a entrega do PRÊMIO TERRA DE SANTA CRUZ, que é um prêmio recentemente instituído pela nossa Academia, criado a partir da proposta do acadêmico Fábio Tucci Farah, para homenagear anualmente uma personalidade brasileira de destaque na área de teologia/hagiologia.

O nome do prêmio, Terra de Santa Cruz, é uma alusão a um dos primeiros nomes dado ao nosso país pelos portugueses. Nas cartas, Pero Vaz de Caminha denominou o Brasil de terras de Vera Cruz. Cabral, com espírito medievalizante, chamá-la-ia de Terra de Santa Cruz, em homenagem ao “lenho sagrado”. Os comandantes das grandes embarcações sempre tinham restos da cruz, devido à forte religiosidade dos europeus. Assim, há suposições de que a expedição de Pedro Álvares Cabral carregava lascas do que se supunha ser a verdadeira (vera) cruz em que Cristo fora crucificado.

Dessa forma, o Prêmio Terra de Santa Cruz constitui-se em uma homenagem à nossa história, à fé católica deste país e às relíquias que aqui se contém, porque a cruz é uma relíquia que se vincula perfeitamente a toda a santidade nascida e brotada nessa terra.

Por isso, o escudo do prêmio, idealizado pelo nosso confrade Fábio Tucci, que também é o curador do prêmio, foi desenhado pelo renomado e premiado ilustrador paulista João Spacca, contém o oito deitado, que é o símbolo do infinito e que representa a eternidade; do lado esquerdo encontra-se a imagem de um monge copista, com símbolos que remetem ao Brasil, como a arara e o ramo de café. Do lado direito, vemos a Cruz da Ordem de Cristo ou Cruz de Portugal, que é o emblema da histórica Ordem de Cristo, (também chamada Ordem dos Cavaleiros de Cristo) de Portugal. Desde então tornou-se um símbolo intrínseco a Portugal, usado, por exemplo, nas velas das naus do tempo dos Descobrimentos e foi utilizada como bandeira da Terra de Santa Cruz.


Para a definição do nome a ser escolhido como primeiro laureado com o Prêmio Terra de Santa Cruz foi constituída uma comissão de acadêmicos, que se reuniu e aprovou por unanimidade o nome de JOSÉ LUÍS ARAÚJO LIRA, fundador e presidente de honra da Academia Brasileira de Hagiologia.



José Luís Araújo Lira é natural de Guaraciaba do Norte, Ceará, é advogado, jornalista, escritor, mestre e doutor em Direito pela Universidade Nacional de Lomas de Zamora (Universidade Federal, Argentina, título reconhecido no Brasil pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC/SP, 2020). É pós-doutor em Direito pela Universidade de Messina (Universidade Federal, Itália). Desde 2015, detém o título nobiliárquico da Santa Sé de Cavaleiro da Nobre e Pontifícia Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém – Lugar-Tenência do Brasil – Rio de Janeiro – RJ, na qual é Secretário-Geral (2020-2024).

É autor de 26 livros publicados, entre os quais:
  • O Levita do Senhor. 1ª ed. Fortaleza: Destaque, 1999
  • Um Bispo da Igreja: Dom José Bezerra Coutinho. 1ª ed. Fortaleza, 2003
  • Academia Brasileira de Hagiologia: Breve Histórico. Sobral: Edições UVA, 2004
  • Mártir do Cristo Rei: José Luis Sánchez del Río: 2007
  • Candidatos ao Altar. 1ª. ed. Fortaleza: Edições ABRHAGI, 2006
  • Há cem anos... Traços biográficos do Mons. Antonino Cordeiro Soares. 1ª ed. Fortaleza: Expressão Gráfica, 2009
  • Nunca foi tão fácil ganhar o Céu: Memória de José Sánchez del Río. 1ª ed. Sobral: Edições Universitárias, 2010
  • A caminho da Santidade. 01. ed. Uberlândia: A Partilha, 2012.
  • A face de Santa Maria Madalena e a descoberta de São Sidônio. 1ª ed. Fortaleza: Faculdade Padre Dourado, 2015, em coautoria com o Prof. Cícero Moraes
  • Nossa Senhora dos Prazeres: da aparição em Portugal à devoção no Brasil. 01. ed. Rio de Janeiro: Novaterra Editora, 2016
  • Santidade na ordem do santo sepulcro de Jerusalém e na terra santa. Rio de Janeiro: OESSJ, 2019.
  • Padre Dourado: uma missão divina. 02. ed. Fortaleza: APED, 2020, em coautoria com o Prof. Antonio Colaço Martins.
  • Ensaio biográfico sobre o Servo de Deus Joaquim Arnóbio de Andrade. 1ª ed. Sobral: MRCJ, 2021
  • Nossa Senhora dos Prazeres e a História de Guaraciaba do Norte. 01ª ed. Fortaleza: Expressão Gráfica e Editora Ltda, 2021.


É professor titular do Curso de Direito da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA – Sobral, CE.) e Diretor do Museu Diocesano Dom José, da Diocese de Sobral. Foi fundador da Academia Fortalezense de Letras, juntamente com Matusahila Santiago, com quem, também fundou a Academia Brasileira de Hagiologia e a Academia Cearense de Cultura. Fundou a Academia Sobralense de Letras Jurídicas, da qual foi o primeiro presidente.

Integra ainda diversas outras entidades culturais e científicas, sendo membro da Academia de Letras dos Municípios Cearenses - ALMECE; sócio-efetivo da Sociedade Cearense de Geografia e História; sócio-honorário da Academia de Letras e Artes do Ceará; sócio honorário da Academia Camocinense de Letras, sócio-efetivo da Associação Brasileira de Bibliófilos; sócio correspondente da Academia de Letras e Artes Mater-Salvatoris (Salvador BA); membro da Academia Sobralense de Estudos e Letras; sócio-correspondente do Instituto Histórico e Geográfico de São João Del Rei-MG e sócio correspondente da Academia de Letras de São João Del Rei.

Como hagiólogo, fez parte da equipe que reconstruiu as faces de Santa Maria Madalena, Santa Paulina, São Vicente de Paulo e São Valentim.

Dessa forma, por sua notável contribuição à hagiologia brasileira, a Academia Brasileira de Hagiologia tem a grande honra de conceder o PRÊMIO TERRA DE SANTA CRUZ 2021 a JOSÉ LUÍS ARAÚJO LIRA!


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