Papa Francisco reconhece martírio do Padre Nazareno Lanciotti
O Papa Francisco autorizou, nesta segunda-feira, dia 14 de abril, o Prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos, Sua Eminência o Cardeal Marcello Semeraro, a promulgar o decreto relativo ao martírio do sacerdote missionário italiano no Brasil, Padre Nazareno Lanciotti, morto por ódio à fé em 22 de fevereiro de 2001.
Padre Nazareno Lanciotti nasceu em 3 de março de 1940, em Roma, Itália, em uma família originária de Subiaco. Ingressando no Seminário da Abadia e foi ordenado sacerdote em 29 de junho de 1966. Após exercer seu ministério, em Roma, por alguns anos, conheceu a Operação Mato Grosso e em 1971 chegou ao Brasil, tornando-se pároco na cidade de Jauru, Diocese de São Luiz de Cáceres, na fronteira com a Bolívia, e ali, superando inúmeros obstáculos, despertou a fé de jovens e adultos iniciou um fecundo apostolado, desenvolvendo durante trinta anos um trabalho missionário, sustentado pela Eucaristia e pela devoção à Virgem Maria. Fundou uma paróquia, que dedicou a Nossa Senhora do Pilar; criou cinquenta e sete comunidades eclesiais rurais, onde instituiu a adoração eucarística cotidiana; lutou pela construção de um hospital; fundou o Asilo Coração Imaculado de Maria; abriu uma escola com centenas de crianças, às quais também fornece comida; em 1981, ajudou a fundar o Seminário Menor em Jauru, disponibilizando um centro de treinamento.
Em 1987, ingressou no Movimento Sacerdotal Mariano e foi nomeado diretor nacional para o Brasil, realizou viagens frequentes para organizar encontros de oração. Também se dedicou aos mais pobres e se engajou na luta contra várias formas de injustiça, opressão, prostituição e tráfico de drogas.
Seu trabalho pastoral
revelou-se incômodo. Na noite de 11 de fevereiro
de 2001, enquanto terminava o jantar com alguns de seus colaboradores, dois
criminosos encapuzados e armados entraram na casa. Um dos assaltantes
disparou na nuca do padre, e a bala alojou-se em sua coluna cervical. Mortalmente ferido, ele foi transferido primeiro para
o hospital de Cuiabá e depois para o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde
morreu em 22 de fevereiro de 2001, aos 61 anos.
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